O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, representando cerca de 25% dos casos novos de câncer anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Identificar a doença em estágios iniciais pode salvar vidas e melhorar significativamente a qualidade de vida das pacientes. Além disso, o diagnóstico precoce reduz os custos do tratamento e permite um planejamento mais eficiente dos recursos de saúde pública.
Benefícios do diagnóstico precoce
Maior chance de cura: Quando o câncer é detectado no início, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores, ultrapassando 90% em muitos casos.
Tratamentos menos agressivos: Em estágios iniciais, há maior possibilidade de optar por terapias menos invasivas, reduzindo os efeitos colaterais e o impacto no cotidiano da paciente.
Melhora na qualidade de vida: A identificação precoce permite um planejamento terapêutico mais eficiente, ajudando a paciente a manter uma rotina mais equilibrada.
Redução da mortalidade: A detecção precoce está diretamente associada a uma queda significativa nas taxas de mortalidade por câncer de mama.
Como realizar o diagnóstico precoce?
Autoexame das mamas: Deve ser realizado mensalmente, especialmente após o ciclo menstrual. Apesar de não substituir exames clínicos, ele é uma ferramenta importante para conhecer o próprio corpo e identificar possíveis alterações.
Mamografia: Considerado o principal exame para a detecção precoce, deve ser realizado anualmente por mulheres a partir dos 40 anos ou conforme a orientação médica. Para mulheres com histórico familiar, a recomendação pode ser iniciar o rastreamento mais cedo.
Consulta regular com o mastologista: O acompanhamento de um especialista é fundamental para avaliar fatores de risco e definir uma rotina de exames personalizada.
Exames complementares: Em alguns casos, ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser indicadas para um diagnóstico mais detalhado.
Fatores de risco a serem observados
Histórico familiar de câncer de mama ou ovário.
Primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa tardia (após os 55 anos).
Uso prolongado de terapias hormonais.
Sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de álcool.
Exposição frequente a radiações ionizantes.
Idade avançada, pois o risco aumenta com o envelhecimento.
Prevenção e conscientização
A prevenção passa por escolhas de um estilo de vida saudável, como manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o consumo de tabaco. Além disso, campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, desempenham um papel crucial ao incentivar a população a realizar exames de rotina.
A educação em saúde é uma ferramenta poderosa para prevenir diagnósticos tardios. Muitas vezes, o medo ou a desinformação levam mulheres a postergarem consultas e exames. Por isso, é essencial fornecer informações claras e acessíveis sobre a importância do rastreamento.
Conclusão
Investir no diagnóstico precoce é essencial para reduzir as taxas de mortalidade e oferecer um cuidado mais eficaz às pacientes. Conhecer os sinais, realizar exames regulares e contar com o acompanhamento médico são passos fundamentais para a saúde das mamas. A responsabilidade é compartilhada entre profissionais de saúde, instituições e as próprias pacientes, reforçando a ideia de que a prevenção salva vidas.